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Consciência de Classe é a base de toda a minha comunicação

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Me observar como indivíduo é o que me move. Parto do conhecimento mais concreto que existe em mim: minhas experiências e vivências. Talvez eu seja um flâneur. Termo que tomei conhecimento durante as preciosas aulas de sociologia na Faculdade Cásper Líbero.

Imagem: Reprodução google imagens. “Operários”, Tarsila do Amaral, 1993
Imagem: Reprodução Google Imagens. “Operários”, Tarsila do Amaral, 1993


Divido aqui uma breve explicação retirada do portal Revista da Educação Pública, onde Janaina Garcia resgata a explicação mais sucinta que já encontrei sobre o substantivo francês:

“Mas, finalmente, quem é esse flâneur?”

O flâneur é um ponto de crítica ao capitalismo, pois ele não se adéqua ao sistema. Ele está no contrafluxo. O flâneur é o elemento de resistência ao progresso. É um cronista da cidade. Gérmen de crítica e de resistência. O flâneur é tudo aquilo que resta de um passado que o capitalismo destruiu.

Para Benjamin, o flâneur é um tipo de herói da modernidade, pois é a vez do homem do povo, nas palavras de Baudelaire: é impossível não ficar emocionado com o espetáculo dessa multidão doentia, que traga a poeira das fábricas, que inspira partículas de algodão, que se deixa penetrar pelo alvaiade, pelo mercúrio e todos os venenos utilizados na fabricação de obras primas (Benjamin, 1994, p. 73).”

Quem está disposto a Existe algum pensamento ou pano de fundo que deve permear nossas conversas de trabalho. Depois de dez anos de mercado, algumas leituras fundamentais eu chego a uma indicação de caminho: a consciência de classe. A verdadeira disrupção eu encontro no conhecimento e na propagação deste. Entender meu espaço na sociedade define meu dia, do meu despertar ao deitar. O que posso fazer e por quem posso fazer para além de mim. Mais que saber o que ambiciono, entendo a quem pertencem os espaços e consigo utilizar dos meus privilégios.

Complementando os questionamentos da Professora de Sociologia, Janaina Garcia, um questionamento que ecoou em mim e logo foi rebatido na seguinte colocação:

“Nos dias atuais, quem seria esse flâneur? Seria ele bem-visto pela nossa sociedade? Acredito que não.”

No texto anterior falei sobre o futuro da criação. A crença na coletividade é cada vez mais tangível. São tempos difíceis para as ciências. Principalmente as humanas. Os espaços estão cada vez mais competitivos e exigem resultados imediatos. O que me difere como profissional? O cansaço de fazer mais do mesmo convertido em inovação e esperança em um futuro melhor.

Continue acompanhando as publicações do Blog da Retomar e vamos juntos pensar em espaços mais inclusivos, humanos e diversos. Mais do que respostas, quero criar espaços de diálogo. 

O futuro é coletivo! Dica de um publicitário cansado, mas cheio de fé nas pessoas.

Erick Garcia

Erick Garcia

Erick é comunicólogo formado pela Faculdade Cásper Líbero em 2011. Pesquisador, estudante e facilitador de projetos, busca questionar paradigmas através da vivência de dez anos em agências de comunicação. Especialista em crises digitais, já trabalhou para marcas como Samsung, Avon, Gilette, Downy, Ariel, iFood, Chocolates Garoto, Sprite, Disney e Facebook. Uma bicha inquieta, escritor e questionador de padrões. Conheça-o através de seu perfil no LinkedIn.

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