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5 mitos sobre o trabalho remoto

Diante dos diversos mitos sobre o home office, decidimos desmistificar o tema e mostrar o que, na verdade, o teletrabalho pode oferecer.
Mulher loira trabalhando da cama
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O home office foi a saída encontrada por diversas empresas para manter suas atividades, mesmo diante do isolamento adotado no combate a pandemia do novo coronavírus. Porém, apesar de cada vez mais popular, ainda existem diversos mitos sobre o trabalho remoto que provocam resistência à adoção da modalidade, seja por parte das companhias ou dos próprios profissionais.

E se você acredita que isso acontece por que a prática é novidade por aqui, pode ficar surpreso em saber que o teletrabalho surgiu oficialmente no Brasil em 1997, apresentado no durante o Seminário Home Office/Telecommuting. 

Naquela época, o acesso aos computadores pessoais e a internet ainda era mais exceção do que regra. O que certamente dificultou a expansão da modalidade e possivelmente contribuiu para desconfiança do público em geral.

Muito mudou, porém, nesses últimos 23 anos. Estamos conectados, com melhor qualidade. Já temos mais de um smartphone ativo por habitante brasileiro. E ainda assistimos, em 2017, às modificações das leis trabalhistas, que regulamentaram o home office.  

Por isso, nós decidimos desmistificar o tema e mostrar o que, na verdade, o teletrabalho pode oferecer. Vamos as quimeras, então?

Mito #1: Trabalho remoto é sinônimo de home office 

Sim, o home office é uma opção para quem adere ao trabalho remoto. E, vale destacar: devemos a ele a popularização da modalidade aqui no Brasil. 

Mas o fato é que o teletrabalho vai muito além de “trabalhar de casa”. Afinal, ao optar pela modalidade, o profissional pode executar suas atividades de onde quer que esteja. Não existe um escritório fixo: ele pode trabalhar enquanto viaja, frequentar um café com bom wifi, pegar uma diária em um coworking ou mesmo ficar em casa, no seu home office. 

Esta é, aliás, uma das grandes vantagens do trabalho remoto: a mobilidade. Você está se perguntando “como isso funciona na prática?”

Aqui vai um exemplo:

Entre 2017 e 2018 eu passei a atuar remotamente, na produção de conteúdo como freelancer. Essa condição me permitiu fazer várias viagens no período — inclusive para visitar minha irmã, que por morar longe, vejo muito pouco. 

O curioso é que, se eu estivesse sujeita a um regime de trabalho presencial, não poderia ter desfrutado desta liberdade. Claro, eu ainda teria férias para aproveitar com a família — como tenho hoje. Mas na época, entre indas e vindas, eu passei bem mais de um mês com as pessoas que eu amo e, melhor, ainda pude garantir a minha renda, trabalhando remoto.

O ponto é: não teve muito “home” no meu “office”. Eu trabalhava de onde podia: no café, no aeroporto, na sala da Camila. E, uma vez que podia cumprir horários flexíveis, eu começava minhas atividades de manhã, bem cedinho, passava a tarde passeando, checava meu e-mails de tempos em tempos e trabalhava mais um tanto à noite. 

Porém, fica o alerta: cada uma das vagas de trabalho remoto está sujeita à algumas regras. Horários fixos ou flexíveis, monitoramento ou meta de entregáveis, encontros presenciais ou 100% à distância. Tudo depende do sistema adotado pela empresa — se remote first, friendly ou only. 

Mito #2: Home office é viver no trabalho 

Sim, quando levamos o escritório para casa, num primeiro momento nos deparamos com diversos desafios do trabalho remoto. Entre eles, aquele sentimento de que o trabalho nunca tem fim. Se você encerra suas atividades na hora certa, tem que lidar com a culpa pelo que deixou pra trás. Se faz horas extras, pensa que não sobra tempo para o lazer, a família e os amigos. 

Já se sentiu assim? Pois você não está sozinho. Uma pesquisa da Buffer e AngelList aponta que 18% dos profissionais remotos tem dificuldade para se desconectar. 

E é preciso dizer que, diante do cenário atual, contamos ainda com um agravante: por conta da crise do covid-19, muitas empresas tiveram que adotar o teletrabalho de um dia para o outro. Para isso, precisaram aprender tudo sobre o processo no caminho, enquanto estavam fazendo a transição. 

Mas, infelizmente, as consequências dessa “turbulência” são severas sobre os profissionais, o que pode ter intensificando a sensação do “viver no escritório”. 

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Mas e se formos beeem sinceros?

Se formos sinceros, talvez a gente descubra que isso tem mais a ver com a nossa relação com o trabalho do que com a modalidade do home office em si, não é não? Pensa comigo: num regime tradicional, em que teoricamente se cumpre 8h laborais por dia, quem nunca fez 10h, 12h? E digo mais: quem nunca faz isso, tipo… sempre? 

A diferença é que no home office — ou num regime remoto — a gente encontra um bode expiatório para culpar. Então, o que eu quero dizer é: independente da modalidade que escolher seguir, existem algumas práticas que você pode adotar para garantir as entregas sem sacrificar sua agenda pessoal. 

A gente já até fez um post, aqui no blog, sobre isso. Nele indicamos alinhar com o seu time uma espécie de check in e check out, no qual você avisa assim que fica disponível para o trabalho e, da mesma forma, ao final da jornada, checa se tem demandas urgentes e informa que está desconectando. 

Outra dica é organizar sua agenda. “Poxa, Carol, isso eu já faço!”. Calma, não estou falando de uma organização óbvia, mas de colocar as demandas mais pesadas e onerosas — aquelas com que você gasta mais tempo e que costuma adiar com frequência — para serem feitas naquelas horas em que você sabe que é mais produtivo. Assim você sabe o que priorizar e por onde começar.  

Mito #3: Quem mora com família não se adapta ao trabalho remoto

O equilíbrio entre o trabalho e a vida doméstica parece ser uma preocupação especialmente recorrente entre a população abaixo de 40 anos — os Millennials e pertencentes à geração Z. Pelo menos é o que revela a pesquisa Harris Poll, que entrevistou trabalhadores remotos de seis países — Estados Unidos, México, China, Inglaterra, Itália e Alemanha. 

Isso indicaria, então, uma queda nos resultados? Bom, pelo contrário: um relatório do BCG aponta para um aumento de 15 a 40% na produtividade de trabalhadores em modelos remotos otimizados.

Além disso, como já falamos aqui, para além da nossa casa, o trabalho remoto proporciona mobilidade, e pode ser levado para diversos lugares. Um coworking ou café pode ser um novo ambiente, que estimula a criatividade, a conexão com outras pessoas, e auxilia na sua adaptação. 

Mito #4: Preciso me vestir como se estivesse no escritório 

Uma pesquisa do grupo Consumoteca revela como as diferentes gerações vem encarando a tarefa de se vestir para trabalhar dentro de casa: enquanto 41% dos respondentes da geração X se vestem para as videochamadas da cabeça aos pés, 61% da Z só fez questão de se arrumar da cintura pra cima e 51% da Y fica ali, no meio do caminho, colocando o look completo, exceto os sapatos. 

Mas tem uma coisa mais curiosa que esse estudo também evidencia: como alguns códigos, a exemplo do dress code, ainda não estão bem definidos nessas novas relações profissionais. Cabe às pessoas — quando não orientadas pelas empresas, é claro — criarem suas próprias regras. 

Portanto: o que te faz sentir mais confortável para executar suas tarefas profissionais com bem-estar e segurança? Prefere mesclar uma camisa com a calça de pijama? Tudo bem! Ou vai de make e salto alto, camisa, gravata, barba feita e sapato engraxado? Tudo bem também. 

Mito #5: Para trabalhar remotamente tem que ter rotina! 

A gente guardou o melhor para o final. Por quê? Bom, é que essa questão é polêmica. Sabendo que muita gente opta pelo home office — e, eventualmente, pelo trabalho 100% remoto — pela liberdade de criar suas próprias regras e pelos benefícios de uma agenda flexível, que sentido faz se impor uma rotina? 

O que não significa que o profissional em regime de teletrabalho não tenha obrigações, compromissos, metas. Nem que ele não precise ser organizado para cumprir suas demandas. É apenas uma questão de que, se o seu contrato permitir, ele pode escolher como e quando fazê-lo. 

E por que eu falo em “contrato”? É que algumas posições de teletrabalho exigem que o profissional esteja disponível em determinadas horas do dia — no horário comercial, por exemplo — ou contam com uma carga horária fixa. E, nesses casos, sim, o profissional que topar trabalhar nessa empresa estará sujeito a essas regras. 

Daí a importância de sempre ficar de olho na descrição das vagas, para entender direitinho se elas se encaixam nas suas expectativas profissionais. 

Inclusive, se quiser outras dicas de como encontrar boas vagas de trabalho remoto, a gente tem o post perfeito para você, aqui.

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Remotar Jobs

A Remotar Jobs é a maior curadoria de vagas remotas do Brasil. Acreditamos que a liberdade de escolher onde e como trabalhar não só impulsiona a produtividade, mas também permite que você equilibre mais sua vida profissional e pessoal. Acesse remotar.com.br e encontre oportunidades de trabalho remoto para diversas áreas de atuação.

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